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o DNA da Feira da Sulanca
Blocos, cores, letras, números.
Um mosaico de combinações, de lugares e pessoas.
Depoimentos de pessoas que dão vida às histórias, pessoas que vão e vêm no ruge-ruge da Feira da Sulanca. Vozes, batimentos de quem vê, vive, faz o extraordinário da feira ser a feira, com suas ricas e coloridas paisagens, pelo lugar que ocupa e do que é capaz de nos contar.
Toinho Catanha[músico, compositor] canção: "As Costureiras" (1983) “Existia um programa dos compositores da cidade no Novo Clube, que se chamava MPB Sulanca. Eu vinha pensando em fazer uma música. Aí, compus essa música “As costureiras”, quando voltava da seresta, umas 10 horas da noite. Coloquei na cabeça e gravei. E sem querer querendo, a música aconteceu. Foi uma homenagem na hora certa, sincera, de coração. Naquela época e hoje, as costureiras quase todas cantam.” | Aldenice de Araújo e José Lopes[vendedores] Calçadão Miguel Arraes de Alencar | setor verde. rua M. ala 1. bancos 105/106 “Nós trabalhamos há muito tempo com confecção, há mais ou menos 20 anos, quando era perto da Rua do Pátio. Fomos morar no Maranhão, ficamos por uns 10 anos e depois em Goiás. Voltamos para Santa Cruz, depois ficamos em Campina Grande por uns 4 anos. Na Bahia, Caititê, Brumado e Tanque Novo. A gente ia numa cegonha, o carro ia em cima para São Paulo e a gente ficava em Vitória da Conquista-BA." |
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Luciana Neres e Inaldo Bezerra[vendedores] Moda Center Santa Cruz | setor azul. rua F. box 96 "Na terça, a gente vendia perto da Câmara de Vereadores. Fabricava os shorts do 'pica-pau' e do 'Galo da Madrugada', que eram os desenhos do momento, do sucesso e era a época do carnaval. Vendia as calças da 'múmia', que tinham uns tecidos se desfiando como faixas brancas. Santa Cruz é uma cidade que abraça muita gente. No tocante de 'guerreiras', são pessoas que madrugam, passam noites de sono, se arriscando em busca da feira.” | Adilson Barbosa e Josineide Lima[vendedores] Moda Center Santa Cruz | setor amarelo. rua H. boxes 9-11 "A feira já começou lá embaixo [no centro], depois veio para o Moda Center. Desenvolveu muito, evoluiu muito com as costureiras. Santa Cruz foi um crescimento muito bom por causa da costura.” |
Erivaldo Ferreira[vendedor] Calçadão Miguel Arraes de Alencar | setor azul. rua F. ala 2. bancos 34/35 "Há 8 anos trabalho sempre com jeans, em Santa Cruz e Toritama. As peças são produzidas por mim e minha família. A feira é boa porque ajuda muita gente, porque gera muita renda para muitas pessoas." | Ricardo Bernardo[vendedor] Moda Center Santa Cruz | setor azul. rua F. box 117 "Não sou filho da terra, vim residir nesta cidade aos 19 anos em busca de emprego e principalmente melhores condições de vida. Comecei a trabalhar como vendedor em uma grande empresa de confecções, depois como vendedor de máquinas de costura industrial e ainda continuo como vendedor, só que desta vez apresento a matéria-prima, os tecidos com ênfase em malhas. O Moda Center Santa Cruz é um tumulto de cores, estampas, de moda.” |
Avanisia Souza[professora, escritora] livro: “Sulanca – Um pólo de alta tecnologia em confecções: aspectos históricos, econômicos, políticos e sócio-culturais” (1996) "Fui, de certa forma, em alguns momentos, testemunha ocular do crescimento, desenvolvimento da feira. Em 1995, eu, Israel e Lúcia, à época fazíamos um curso de especialização na Fafica e escolhemos para fazer a nossa monografia o tema da Sulanca." | Joelson da Silva[vendedor] Calçadão Miguel Arraes de Alencar | setor branco. rua F. ala 2. bancos 67/68 "Há 20 anos que trabalho com confecção. Era agricultor e vim morar em Santa Cruz. Vendia para os outros. Depois comecei a trabalhar para mim mesmo. Outras pessoas da família trabalham, mas só um irmão. Evoluiu muito, melhorou muito a qualidade. Santa Cruz evoluiu muito. Apesar de ser difícil, é uma fonte de renda boa para Santa Cruz.” |
David José[vendedor] Moda Center Santa Cruz | setor branco. rua M. boxes 33/35 “Nasci já sentindo o cheiro de pano e o óleo das máquinas, dos consertos do meu avô e meu pai. Tudo teve início com o meu pai [José Alves, 'Zé de Bembém'], que começou com o suporte técnico das máquinas de costura em Santa Cruz e sempre me dizia: 'A gente nunca está pronto. É vivendo e aprendendo.'. Eram lições que ele tirava no dia a dia nas máquinas domésticas, caseadeiras, zig zags, pregadeiras de botão de baixa rotação." | Juciara Pereira e Jucimara Pereira[vendedoras] Moda Center Santa Cruz | setor branco. rua h. boxes 38/40 "Éramos costureiras e começamos a produzir, depois faccionar. Hoje gerenciamos toda essa produção até a venda e as peças são produzidas com facção por costureiras. Queira ou não, Santa Cruz é uma cidade muito rica, quase 90% das pessoas mexem com a Sulanca, com a moda. A gente é um lutador, é um guerreiro. Se não dá certo com aquela cor de pano, a gente vai em busca e sempre está inovando. Se não inovar o bicho pega.” |
Jaribe Carneiro[vendedor] Moda Center Santa Cruz | setor laranja. rua M. box 4 "A costura é como a mãe de todo esse apogeu. Mas não se deve ter os olhos baixos para a costura. A costura propicia outros horizontes, em várias áreas, vários setores, filhos das costureiras que hoje fazem cursos em diversas áreas. É preciso valorizar as costureiras, mas sempre com um olhar para um horizonte mais amplo.” | Israel de Carvalho[professor, escritor] livro: “Sulanca – Um pólo de alta tecnologia em confecções: aspectos históricos, econômicos, políticos e sócio-culturais” (1996) "A prosperidade da Sulanca dependeu mesmo foi da garra, coragem e persistência desta gente simples que varava as madrugadas em constantes serões, onde se ouvia o zum-zum-zum das máquinas cortando o silêncio das noites desta outrora pacata cidade, onde a maioria das casas foram transformadas em empresas de fundo de quintal." |
José Adeildo[vendedor] Moda Center Santa Cruz | setor verde. rua K. boxes 102/104 “Eu me criei na confecção, com meus pais e minha família. Vendia em uma carrocinha de madeira. Saia de 3 horas da manhã, forrava o pano no chão, na Rua do Pátio. Comecei com 17 anos. Tinha um 'bacurauzinho' [dia não oficial da feira], começava na terça a tarde e de 9 para 10 horas da noite voltava para casa." | Miqueas Oliveira[vendedor] Moda Center Santa Cruz | setor vermelho. rua L. box 55 "Eu acho que a costureira é o símbolo da cidade. Sem a costureira nós não seríamos o Polo de Confecções. Santa Cruz é movida pela confecção. É preciso valorizar o que nós temos para a cidade continuar sendo vista como um dos maiores polos de confecções do Brasil.” |
Jemerson Julião[vendedor] Moda Center Santa Cruz | setor vermelho. rua G. boxes 118/120 “São 18 anos trabalhando com confecção. Ficava na Rua Bom Jesus quando a feira era no centro da cidade. Depois com o Moda Center ficou muito melhor para nós, que valorizou muito a cidade.” | Bruno Bezerra[presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Santa Cruz do Capibaribe, escritor] livro: “Caminhos do desenvolvimento: uma história de sucesso e empreendedorismo em Santa Cruz do Capibaribe” (2004) “Alegro-me ainda mais em saber que essa história de sucesso foi construída com o trabalho árduo e honesto dos homens e, especialmente, das mulheres de fibra de Santa Cruz do Capibaribe.” |
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